As projeções iniciais para a safra de café 2025 indicam uma produção de 51,8 milhões de sacas beneficiadas. A estimativa representa uma redução de 4,4% em comparação ao ano anterior, segundo dados da Conab, divulgados em 28 de janeiro de 2025.
Essa previsão reflete as condições climáticas adversas e os efeitos da bienalidade negativa no café arábica. O Boletim divulgado também destaca o crescimento na produtividade do café conilon, impulsionado pelas boas chuvas em regiões específicas.
Queda na Produção de Café Arábica
A produção de café arábica em 2025 está estimada em 34,6 milhões de sacas, uma queda de 12,4% em relação ao ciclo anterior. Essa diminuição ocorre devido ao impacto da bienalidade negativa, que reduz o potencial produtivo em anos alternados.
Além disso, a seca prolongada e as altas temperaturas durante a floração afetaram a formação dos grãos.
As regiões produtoras mais afetadas foram Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Em Minas Gerais, maior produtor nacional, a produção caiu 11,6%, totalizando 24,8 milhões de sacas. No estado de São Paulo, a redução foi ainda maior, alcançando 19,6%.
Crescimento no Café Conilon
Por outro lado, o café conilon apresenta um cenário mais otimista, com aumento de 17,2% na produção. A estimativa é de 17,1 milhões de sacas para 2025, impulsionada por boas chuvas e melhorias nas técnicas de manejo.
O Espírito Santo, principal produtor de conilon no país, é responsável por 11,8 milhões de sacas, representando um crescimento de 20,1%. Rondônia também apresentou aumento na produção, com previsão de 2,2 milhões de sacas, um acréscimo de 6,5%.
Impacto das Condições Climáticas
As condições climáticas adversas desempenharam um papel fundamental na definição das projeções para a safra de café 2025. No café arábica, a combinação de seca prolongada e altas temperaturas prejudicou o desenvolvimento das plantas e reduziu a produtividade.
No café conilon, as chuvas regulares e bem distribuídas favoreceram a recuperação das lavouras. Esse cenário foi observado principalmente no norte do Espírito Santo e em Rondônia, garantindo condições ideais para a formação dos grãos.
Principais Destaques Regionais
Minas Gerais
Maior produtor nacional, Minas Gerais responderá por 24,8 milhões de sacas em 2025, uma redução de 11,6%. A seca prolongada no período de floração impactou negativamente o potencial produtivo das lavouras.
Espírito Santo
Com estimativa de 15,1 milhões de sacas, o Espírito Santo apresentou crescimento de 9%. O destaque vai para o café conilon, que representa 67% da produção estadual.
Bahia
A produção na Bahia deve crescer 11,3%, totalizando 3,4 milhões de sacas. O aumento decorre da regularidade hídrica e melhorias nas técnicas de manejo.
São Paulo
Em São Paulo, a produção estimada é de 4,6 milhões de sacas, uma queda de 19,6%. A bienalidade negativa e as altas temperaturas contribuíram para a redução.
Rondônia
A produção de café conilon em Rondônia deve atingir 2,2 milhões de sacas, representando um aumento de 6,5%. O estado segue como um dos principais produtores de conilon no país.
Região Sul
A região Sul, representada principalmente pelo Paraná, mantém uma produção estável de 675,3 mil sacas de café arábica. Frequentemente, o clima na região apresenta boas condições para o cultivo. Portanto, a estabilidade na produção reflete o manejo adequado e as condições climáticas favoráveis observadas ao longo do ciclo.
Projeções para os Próximos Anos
A safra de café 2025 reflete a importância do manejo adequado e da adoção de tecnologias para mitigar os impactos climáticos. Para os próximos anos, espera-se que a pesquisa e a inovação continuem contribuindo para o aumento da produtividade e sustentabilidade.
O setor cafeeiro também deve focar em práticas que promovam a resiliência climática, garantindo a manutenção da qualidade e do volume produzido. Isso inclui o uso de cultivares mais resistentes e a otimização dos recursos hídricos.
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